quarta-feira, 13 de abril de 2011

CPI TERESÓPOLIS OUVE PAULO MARCHESINE
Ex-secretário negou vínculos com a RW e negou denúncias de corrupção no Governo
Na última terça, 12 de abril, a CPI da Câmara de Vereadores de Teresópolis ouviu o ex-Secretário Paulo Marchesine. Inicialmente nomeado Secretário de Obras e Serviços Públicos, Marchesine passou a ocupar o cargo de Secretário de Fiscalização de Obras da Prefeitura, até se afastar do governo no final de 2010. A respeito de sua proximidade e a suspeita de sociedade com Sr. José Ricardo, proprietário da RW, Marchesine disse que a relação era apenas profissional e que tal sociedade não existe. 
 O Relator da CPI, Vereador Marcelo Oliveira, questionou Marchesine a respeito de alguma delação premiada onde o mesmo teria sido citado. O ex-Secretário disse desconhecer o assunto. A delação premiada é um benefício legal concedido ao criminoso delator que colabora com uma investigação, entregando seus companheiros. Marcelo ainda questionou as atividades na fiscalização das obras que a primeira vista não aparentam eficácia. Marchesine disse que tudo o que pode ser realizado nesse sentido, foi feito, porém existem limites de ações previstos em lei. O ex-secretário negou ter trabalhado em qualquer obra particular do Prefeito Jorge Mário e que só conhece a loja da primeira-dama através de uma fotografia que viu num jornal. Questionado a respeito do preço real do metro quadrado do apartamento adquirido pelo Prefeito Jorge Mário, Marchesine disse desconhecer o apartamento e que tal medição só poderia ser feita através de uma análise técnica que carece de dados específicos. 
 A respeito da suposta cobrança de percentual nas obras contratadas, Marchesine negou sua participação e disse não acreditar que o Prefeito ou qualquer Secretário ou fiscal tenha participado do suposto esquema. Sobre a atuação do ex-secretário José Alexandre, Marchesine disse que ele tinha superioridade hierárquica no governo e que trabalhava no sentido de interlocutor do poder executivo. Marchesine disse desconhecer a cobrança por parte do José Alexandre de um percentual de 10% em cima do valor contratado pelas empreiteiras e novamente negou qualquer participação nesse tipo de benefício. Questionado a respeito da existência da prática de corrupção no governo Jorge Mário, Marchesine disse: “Não posso lhe informar, senhor Presidente.” Finalizando a reunião, o Presidente da CPI, Vereador Habib Tauk, alertou que se fossem detectadas mentiras no depoimento, Marchesine seria processado e preso por falso testemunho. O Presidente abriu espaço para que o depoente, nesse sentido, fizesse as alterações que julgasse cabíveis, porém Marchesine se manteve firme em tudo que foi dito. Nos vídeos abaixo, os trechos mais importantes do depoimento:
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